Retro(pres)petiva
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- 1 de jan. de 2021
- 5 min de leitura
Atualizado: 3 de jan. de 2021
Atípico, frustrante, desafiante… São alguns dos adjetivos com que podemos caracterizar o ano de 2020. Numa altura em que estamos cansados desta pandemia e em que só queremos ter a nossa vida normal de volta, nada podemos fazer a não ser esperar, acreditar e cumprir a nossa parte.
Março de 2020. Corria o terceiro mês do ano quando tudo começou em Portugal e “de um momento para o outro” nos vimos obrigados a ficar em casa por tempo indefinido. O que mais queríamos era que tudo se resolvesse rapidamente. O que de facto aconteceu foi um ano completamente desafiante e uma nova realidade.
Duas vagas de pandemia, casos constantemente a aumentar e com eles as nossas dúvidas e incertezas. Milhares de pessoas perderam os seus empregos, inúmeras empresas tiveram que fechar os seus negócios, crianças em casa 24 horas por dia com aulas online, pais cansados, famílias separadas… poderíamos continuar a enumerar tudo o que aconteceu ao longo do ano passado, mas nada o ia mudar.
O que mudou foram as nossas convicções, a maneira como encaramos os desafios que nos são propostos, o valor que damos às pequenas coisas, à nossa família e amigos. As pessoas começaram a preocupar-se mais com elas próprias, com o seu bem estar físico e psicológico e desenvolveram estratégias para se manterem ativas e criarem novas rotinas mesmo estando fechadas em casa.
“Com a chegada desta pandemia passou a dar-se uma maior importância à saúde mental e ao apoio psicológico”. Quem o diz é Andreia Vilela, Psicóloga Clínica que considera que o período que atravessamos veio alargar os horizontes da população portuguesa no que diz respeito ao estigma associado à psicologia, e demonstrar a importância da saúde mental para o bem-estar de todos.
De facto a área da Psicologia foi fundamental para o ano de 2020 devido à COVID-19. Apesar de nem todas as pessoas terem recorrido a estes profissionais exclusivamente devido à pandemia, “muitas pessoas não souberam lidar com todas as restrições associadas à mesma (como o isolamento social); enquanto que outras viram as suas problemáticas serem agravadas ou evidenciadas, o que fez com que recorressem mais rapidamente a um profissional da área”.
Para a Dra. Andreia Vilela, os psicólogos responderam bastante bem às necessidades da população em geral, “providenciando dicas e estratégias para se manterem o mais saudável e ativos possível durante o período de confinamento”.

Como sugeriu a Psicóloga Andreia Vilela, é importante termos um estilo de vida saudável, aliando
todas as dicas acima mencionadas, principalmente uma alimentação equilibrada e a prática regular do exercício físico. Isto porque o bem-estar físico e o psicológico andam de mãos dadas e é fundamental que haja um equilíbrio entre eles.
É aqui que precisamos dos profissionais certos para nos ajudarem, nomeadamente os Personal Trainers. “No geral, as pessoas procuram-me porque têm objetivos físicos concretos ou por uma questão de saúde, pessoas que se sentem cansadas e querem melhorar o seu dia a dia sendo mais activas”. Mas este ano foi diferente. Alexandre Ferro, Personal Trainer, sentiu que houve uma maior consciência a nível da saúde e que as pessoas perceberam que “o exercício físico ajudaria a ganhar anticorpos e poderia funcionar como um escape” para o período de confinamento.
Numa altura tão delicada para todos devemos tentar ver um lado positivo nas coisas do dia a dia. Para o PT Alexandre Ferro, o facto de se ter reinventado devido a esta pandemia e ter começado a dar treinos online acabou por trazer vantagens: “é mais uma maneira das pessoas poderem treinar à vontade sem desculpas. Para quem dizia que não tinha tempo de ir de carro até um parque ou ginásio agora já não tem esse problema porque treina a partir de casa”.
É possível treinarmos em casa da mesma maneira que treinávamos num ginásio? Apesar de existirem diferenças óbvias e apesar de se calhar nunca termos pensado muito nisso, em casa temos vários materiais que nos podem auxiliar na hora do treino. Podemos usar “uma cadeira, uma mesa para fazer uma remada, garrafões de água, pacotes de arroz”, no fundo tudo depende do nível de treino e dos objetivos de cada um. E quanto à motivação? Esta depende de pessoa para pessoa e dos respetivos objetivos e metas.
No entanto, será que isto chega? Podemos estar no nosso melhor fisicamente e sentirmo-nos bem a nível psicológico mas, por vezes, falta-nos um terceiro elemento fundamental: o nosso bem-estar emocional. Este ponto leva-nos à questão da meditação, ainda muito alvo de preconceito e estigmas.
“A meditação é uma recolha interna. Existe muito para se dizer, assim como diversos tipos de meditação com intuitos diferentes: podemos praticar o mindfulness concentrando no momento presente; podemos trabalhar a nossa criança interior, dando-lhe o amor que tanto precisa; podemos limpar a nossa energia com o alinhamento dos chakras”. Na opinião da professora de meditação, mestre Reiki e taróloga Vânia Silva a meditação ajuda a encontrar a paz, a lidar com a ansiedade e a olhar para o nosso interior, “ter uma maior consciência do que se passa no íntimo e sobretudo encontrarmos um momento de paz, calma e aceitação”.
O facto de 2020 ter sido um ano passado maioritariamente em casa acabou por nos proporcionar tempo para fazer coisas que numa altura normal não teríamos. A meditação, tal como a psicologia e a prática do exercício físico como já vimos, foi um desses exemplos. “Se por um lado havia a necessidade de encontrar formas para lidar com este ano atípico, por outro criou-se também uma maior disponibilidade e abertura para estas práticas”, garante a taróloga. Sendo os motivos pela procura desta prática inerentes à pandemia, a verdade é que a disponibilidade das pessoas fez com que Vânia Silva tivesse lotação esgotada em quase todas as suas aulas, tendo sido obrigada a reinventar-se.
Mais uma vez o online foi o melhor aliado, permitindo o acesso a estas práticas de outra forma. Com meditações gravadas no seu canal do Youtube, cursos de Reiki online e a leitura de cartas em formato live no Facebook ou Instagram, a professora de meditação viu assim uma oportunidade de continuar a espalhar o seu conhecimento e a ajudar as pessoas que dela necessitam. Contudo, como tudo na vida, nem tudo são vantagens e no online é mais fácil perder o ritmo e o foco porque, quando as aulas são presenciais “não existem maridos ou filhos a interromper um momento que é só para nós”.
Completamos assim este “triângulo” para um equilíbrio saudável de modo a nos mantermos positivos e ativos em alturas mais difíceis e delicadas, como é o caso desta pandemia. Em momentos como este em que a resolução do problema não está de todo nas nossas mãos temos de fazer o nosso papel: mantermo-nos bem e fortes (com todas as dicas que mencionámos acima), tentar ao máximo ver sempre o “copo meio cheio” e nunca nos esquecermos de aproveitar a vida, o tempo com as pessoas de que mais gostamos e vivermos em harmonia connosco e com os outros!
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